O Que Causa Osteoporose

Olá, seja bem-vindo à matéria de hoje! Ela será muito importante para sua saúde – já que entender o que causa osteoporose, principalmente em pessoas a partir dos 50 anos, é o primeiro passo para se prevenir da doença.

Para ter uma ideia, só nos Estados Unidos, estima-se que 20% das mulheres e 5% dos homens acima dessa faixa etária já apresentaram quadros de osteoporose – e o número de fraturas ósseas anuais pode chegar a 1 milhão.1

E a coisa é séria também no Brasil. Por aqui, a patologia atinge cerca de 10 milhões de mulheres1 e é tida como uma “doença silenciosa”. Isso porque esse mal geralmente não manifesta sintomas até que alguma fratura aconteça.²

Ou seja, ela merece muita atenção e não pode ser tratada como uma condição normal da idade. Se você quer saber o que causa osteoporose, além de entender o que é bom para osteoporose nos quesitos prevenção e tratamento, continue com a gente!

Hoje falaremos sobre isso e muito mais:

  • o que a osteoporose causa no corpo;
  • o que é osteoporose senil;
  • dicas para ter um estilo de vida mais saudável;
  • opções de suplementação de cálcio e vitamina D.

Boa leitura!

O que é a doença? O que a osteoporose causa no corpo?

Bom, o significado de osteoporose nada mais é que “osso poroso ou frágil”1 – o que facilita o entendimento da gravidade dessa doença.

Ela é uma condição crônica e degenerativa, que se caracteriza pela perda da massa óssea e pode afetar todo o esqueleto. A consequência é o aumento dos riscos de fratura dos ossos, além dos casos de microdeteriorização e de fragilidade ósseas.1

Os principais locais de fraturas são o fêmur, a coluna vertebral e o antebraço. Elas geralmente estão relacionadas a quedas ou simplesmente à pressão do peso corporal.1

Além de aumentar o risco de quebra de ossos, a osteoporose pode causar dores e uma curvatura acentuada da coluna (conhecida como lordose), bem como comprimir os nervos e limitar os movimentos.1

O que é osteoporose senil?

Também chamada de tipo II, a osteoporose senil deve ser agravada pela diminuição da quantidade e da qualidade das refeições de pessoas mais idosas. Isto é, quando a dieta é pobre em cálcio e outros minerais.3

No mais, como é uma condição progressiva, a osteoporose pode ser mais frequente à medida que envelhecemos. Pesquisas indicam que 1 em cada 4 mulheres acima dos 65 anos desenvolve a doença – após os 80 anos, a proporção sobe para 1 em cada 2.1

O que causa osteoporose?

Na hora de entender o que causa osteoporose, é importante saber que a doença é mais comum em mulheres e pode se manifestar devido à diminuição da produção de hormônios.1

Isso significa que a menopausa pode aumentar as chances de osteoporose, já que essa fase amplia a perda de cálcio nos ossos (em cerca de 5% ao ano).1

Especialistas indicam que outras causas relacionadas à osteoporose – principalmente a senil – são o sedentarismo (que ocasiona hipotrofia muscular) e a menor exposição ao sol (que impede a absorção da vitamina D).3

Fora isso, a diminuição da densidade óssea nas mulheres – que começa a se manifestar a partir dos 35 anos – também é uma das causas.4

Por fim, o consumo de álcool e tabaco, além de um histórico familiar de fraturas nos ossos, podem ser fatores de risco para o desenvolvimento da osteoporose.4

Tá, mas o que é bom para osteoporose?

Adotar um estilo de vida mais saudável e corrigir algumas deficiências nutricionais podem ser excelentes formas de prevenção da osteoporose.

Abaixo, reunimos algumas dicas para você se atentar – mas é bom sempre contar com a supervisão de um profissional, tá bom?

Procure consultar seu médico (ortopedista ou reumatologista), além de nutricionistas, fisioterapeutas e professores de educação física. Afinal, eles podem avaliar certinho o seu caso e direcionar o melhor tratamento!

Sabendo disso, vamos conhecer algumas dicas sobre o que é bom para osteoporose. Acompanhe!

Dieta rica em cálcio e vitamina D

A perda desses dois nutrientes é comum à medida que envelhecemos,2 só que eles são indispensáveis para combater o desenvolvimento da osteoporose.

A relevância dessa dupla ficou clara em um estudo – que revelou que pessoas que receberam suplementação de vitamina D e cálcio tiveram uma redução de 30% no índice de fraturas.4

Sabe como esses nutrientes funcionam no corpo? O cálcio auxilia na manutenção da saúde das células ósseas5 – enquanto a vitamina D ajuda nosso organismo justamente na absorção do cálcio.6

Boas fontes de cálcio são iogurtes, queijos, leite, vegetais e peixes5 – e você pode encontrar vitamina D em fígado de bacalhau, cogumelos e peixes (truta e salmão).6

Além dos alimentos naturais, é possível incluir suplementos multivitamínicos que ofereçam esses nutrientes em doses diárias adequadas (aguarde: no final desta matéria, daremos uma dica exclusiva!).

Ingestão de minerais quelatos

Já ouviu falar desses tipos de nutrientes? Em resumo, os quelatos são minerais ligados a aminoácidos – uma “fórmula” que facilita a absorção pelo organismo e melhora a disponibilidade na corrente sanguínea.1

O uso dos minerais quelatos costuma ser bem-aceito pelo nosso corpo – já que eles não competem com outros minerais na hora de serem absorvidos no intestino.1

E como eles se relacionam à prevenção da osteoporose? O cálcio quelato, por exemplo, ajuda a melhorar a densidade mineral dos ossos – inclusive em mulheres no período pós-menopausa – o que contribui para se precaver da doença.7

Sessões de fisioterapia

É fato que a idade diminui a estabilidade postural, o que pode aumentar o risco de cair – e, consequentemente, de fraturar os ossos.3

Aqui entra a importância de um acompanhamento fisioterapêutico, que pode trazer muitos benefícios para pessoas com osteoporose, principalmente por prevenir quedas.3

Sabe como a fisioterapia auxilia o nosso corpo? Estes são alguns exemplos:

  • melhora a coordenação motora e o alongamento;3
  • estimula a sensibilidade e os reflexos;3
  • traz ganhos na amplitude de movimentos;3
  • desenvolve o condicionamento cardiovascular e respiratório;3
  • confere mais controle postural;3
  • aumenta a disposição, além de reduzir a fadiga.3

Prática de exercícios físicos

Não é de hoje que a gente vem falando da importância das atividades físicas. E nada mais justo: os exercícios podem melhorar a contração muscular e o suporte de cargas,3 ajudando a aliviar os efeitos da osteoporose.

Certos exercícios, como os de força e impacto, ajudam a fortalecer as articulações – e as atividades de resistência podem combater as dores lombares.8

Além do mais, exercitar-se pode contribuir para o aumento da massa muscular e para o equilíbrio da estrutura óssea.8 Bom, né?

Realização de exames médicos frequentes

Para finalizar nossas dicas de o que é bom para osteoporose, não custa lembrar da necessidade de manter uma rotina constante de exames médicos.

Afinal, como vimos no início, a osteoporose muitas vezes não dá sinais claros – e só um acompanhamento bem de perto pode identificá-la (inclusive, os exames podem evidenciar outras doenças relacionadas à síndrome osteoporótica).4

Como suplementar o cálcio e outros minerais?

A suplementação de cálcio para osteoporose também pode ser uma boa iniciativa – especialmente quando ele vem acompanhado de outras vitaminas e minerais em doses adequadas.

Vale conversar com um especialista e avaliar a suplementação!

Gostou de entender o que causa osteoporose? Que tal aproveitar e conferir outros conteúdos que já publicamos aqui no blog?

1. Rena R. A mulher e a osteoporose – como prevenir e controlar. 5ª edição. Editora Novo Século. São Paulo, 2019.

2. Sözen T, Özu0131u015fu0131k L, Bau015faran NÇ. An overview and management of osteoporosis. Eur J Rheumatol. 2017r;4(1):46–56.

3. Vieira RA, d’Alessandro CC, Reis EDS, et al. A atuação da fisioterapia na prevenção de quedas em pacientes com osteoporose senil. Fisioterapia Brasil. 2019;3(2).

4. Dourador EB. Osteoporose Senil.Arq. Bras. Endocrinol. Metab. 1999;43(6):446-451.

5. Office of Dietary Supplements. Fact Sheet for Consumers. Calcium. U.S. National Institutes of Health. 2021.

6. Office of Dietary Supplements. Fact Sheet for Health Professionals. Vitamin D. U.S. National Institutes of Health. 2021.

7. Elam ML, Johnson SA, Hooshmand S, et al. A calcium-collagen chelate dietary supplement attenuates bone loss in postmenopausal women with osteopenia: a randomized controlled trial. J Med Food. 2015;18(3):324-31.

8. Westcott WL. Resistance training is medicine: effects of strength training on health. Curr Sports Med Rep. 2012;11(4):209-216.

9. Heaney RP, et al. Absorbability And Cost Effectiveness In Calcium Supplementation. J Am Coll Nutr. 2001;20(3):239u2010246.

10. Andon MB, Lloyd T, Matkovic V. Supplementation Trials With Calcium Citrate Malate: Evidence In Favor Of Increasing The Calcium Rda During Childhood And Adolescence. J Nutr. 1994;124(8 Suppl):1412su20101417s.

11. Brasil. Ministério da Saúde. ANVISA. IN 28 de 26 de julho de 2018. Estabelece as listas de constituintes, de limites de uso, de alegações e de rotulagem complementar dos suplementos alimentares. Disponível em: http://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/34380639/do1-2018-07-27-instrucao-normativa-in-n-28-de-26-de-julho-de-2018-34380550 . Acesso em: nov., 2021.

13. Dawson-Hughes B, Harris SS, Krall EA, Dallal GE. Effect of calcium and vitamin D supplementation on bone density in men and women 65 years of age or older. N Engl J Med.1997;337(10):670-6.

*Cálcio citrato malato possui absorção quase 2 vezes maior em comparação ao carbonato de cálcio.